sábado, 10 de maio de 2008

Regresso

Regresso ... estou de regresso a uma casa que conheço, a um ambiente que me é confortável ... a mim.
Perdi-me durante anos pelo mundo dos fascínios... perdi-me no mundo e descobri que o mundo é fascinante mas que tenho o meu próprio mundo.
É um regresso estranho, é como voltar de uma longa viagem, sabe sempre bem voltar a casa, mesmo que saibas que vais para sempre guardar recordações, mesmo que saibas que essa viagem te permitiu conhecer novos mundos, com realidades diferentes da tua ... mesmo sem saber se encontrei tudo o que procurava, quando iniciei esta viagem sem ideias pré-concebidas.
Quando regressas, o conforto que a tua casa te oferece é único, sentes uma paz a invadir-te, uma serenidade que apenas aqui encontras. No entanto a viagem permitiu-te descobrir que o mundo tem muitas realidades, que a tua verdade não é única, não é melhor, não é pior... é apenas a tua verdade. O regresso permite-me perceber que o meu mundo não está assim tão diferente, mas existe uma maior consciência relativamente à existência de um outro mundo.
As viagens criam um género de bichinho dentro de ti, uma vontade de descobrires sempre mais, de aprenderes sempre mais, de prolongares a tua descoberta mais um pouco, de te evadires, de seres outro eu que te é permitido ser nesse mundo, de te reinventares de ... regressei com a certeza que existe ainda um mundo enorme que não conheço, mas... esta foi uma longa viagem e o regresso está-me a saber ainda melhor.

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