sábado, 22 de março de 2008

Um Amanhecer...

Por vezes o amanhecer traz-nos a uma realidade que não esperávamos, a luz do dia pode-nos oferecer o rosto dos medos ou a beleza das formas iluminadas. Os receios calam as palavras ao deitar mas os sentimentos procuram os caminhos que não esperamos para saírem de dentro de nós ao amanhecer.
Acordei com esse sentimento bonito de serenidade dentro de mim, acordei para esse carinho que me povoa, para esse meu lado que me faz sorrir, para essa forma magnifica de dar e receber o que o universo me tem para oferecer. Quando nada se espera o que se recebe sem medos pode ser magnifico. Mas não me quero enganar, sinto alguns medos dentro de mim, que me povoam porque não conheço os caminhos do destino. Esses medos roubam-me as palavras e fazem-me caminhar devagar. Mas talvez a serenidade resida nesse caminho calmo e sereno, que me levará para esse lugar que já conheço, onde sou eu mesma, onde leio e me sabem ler, onde os sorrisos são fáceis e as palavras partilhadas nos oferecem mais de nós mesmos do que o que esperávamos.
Eu sei que é para lá que desejo que os meus passos me levem, só não sei qual é o caminho... as formas que ele ganha por vezes não são as que esperava encontrar. Mas quero acreditar que caminhar por vezes seja apenas isso, amanhecer a sorrir.
O que vem após o amanhecer, não pergunto porque me encontro nesse lugar que nada espero… o que vem após o amanhecer … o dia o dirá eu apenas quero agradecer o que ele me oferecer.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Caminhada

Como é incrível a vida e os relacionamentos humanos que vivemos ao longo dela. Por vezes as situações são tão claras que parecem água cristalina, outras vezes parecem uma palete de cores com degradações e intensidades tão diferentes que chego a assustar-me comigo e com quem me rodeia.
À pouco tempo fizeram-me parar e observar a minha palete actual, fiquei espantada, quase sem respiração, perante a diferença e intensidade de cores que me rodeia. Por outro lado, apeteceu-me rir de mim mesma ... a vida pode efectivamente ser bela.
Mas no meio do turbilhão é-nos exigido uma dose extra de confiança, um pouco de loucura e um pouco de sensatez ... saber viver, nestes momentos, é saber dar a dose certa a cada um destes elementos e sabe-los misturar a todos dentro de nós com muita harmonia.
A vocês, a quem sorri e que fazem parte de mim, sentem-se, pulem, riam, chorem, gritem, sussurrem, fiquem calados ... não interessa, são vocês e apenas vocês que decidem que tipo de percurso querem ter enquanto caminhamos lado a lado. São vocês e apenas vocês que decidem o ritmo da caminhada, são vocês e apenas vocês que decidem quando querem parar. Eu vou continuar e vou, com certeza, ser diferente da pessoa que encontras-te no início, eu vou ser eu e mais tudo aquilo que aprendi contigo... obrigado.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Esta foi a noite...

Quando se entra numa casa nem sempre se sabe o que se vai encontrar lá dentro. À entrada o pequeno nervosismo das caras novas, e vai-se ficando, e vai-se conhecendo e dando a conhecer numa nova e magnifica dança. Cada pessoa tem o seu ritmo, e em cada pessoa conheces uma nova pessoa dentro de ti. Fui ficando, perante esse convite inesperado, fui-me surpreendendo e fui dançando e rindo e conversando e … as tuas palavras voltaram a mim … “O que interessa não é o ambiente que te criam para viveres mas o ambiente que tu crias para viver” e desta vez desloquei-me apenas alguns metros.
De mim para ti que me sussurras-te ao ouvido, o meu mais sincero sorriso, de mim para vocês que conheci ao acaso, o meu sincero abraço, de mim para ti me que fizes-te um convite inesperado … o meu sincero carinho.
Esta foi a noite em que fui eu, esta foi a noite em que do nada o medo voou e descobri em mim esse eu diferente que raramente encontro ...
À saída a certeza que esta foi uma noite em que, inesperadamente, eu fui eu.