quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os Caminhos

Peguei em mim e simplesmente divaguei sem destino, por entre estradas dentro e fora de mim. Não se encontravam vazias como esperava, pelo contrario, as bermas estavam povoadas de sentimentos. Deixei-os correrem por dentro de mim, apanhei as flores e os frutos do que vivi, e sim, hoje sei que algumas das coisas que vivi germinaram dentro de mim.
No fim dos caminhos regressei, não tinha intenções de lá ficar, nunca tive, e sentei-me a uma mesa onde bebi, conversei, ri e vi como o passado e o presente se podem misturar, onde o passado e o presente se abrem como folhas de livros que se lêem, onde não entendes o que vais encontrar no futuro ... nem pretendo... onde lês o que realmente te importou do que ficou e o que realmente importa do que existe.
Fechar os olhos e ouvir-me, percorrer caminhos e ouvir-me, conversar e ouvir-me ou pura e simplesmente sentar-me à mesa com as emoções que já existiram e ter a noção que não me ouvi nesse momento mas brindei a esses momentos ... faz-me sorrir perceber que existem verdades no que vou ouvindo pelo caminho e uma das que conservo dentro de mim é que "A vida se resume a relacionamentos humanos".
Brindo a esta noite, de passado e presente, de vinho tinto e conversa solta, de risos fáceis e olhares brilhantes... brindo-te hoje como não o soube fazer antes.