quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Quem Não Muda?

O livro “Tempo, esse grande escultor” ; o filme The Bridges of Madison County - “Things change. They always do, it's one of the things of nature. Most people are afraid of change, but if you look at it as something you can always count on, then it can be a comfort.” e o facto de alguém recentemente me ter chamado revivalista faz-me pensar nisso mesmo … na forma como convivo com o tempo na minha existência. O tempo foi-me esculpindo com os “amores e medos” que me foi oferecendo, sou um produto do tempo. Mas neste momento penso que não me prendo tanto aos fantasmas do passado, nem ao revivalismo dos bons momentos … hoje penso que não me prendo tanto ao que tenho no presente e não vivo dos sonhos de um futuro que eventualmente poderá chegar… hoje ...hoje apenas joguei com as cartas de hoje.
Talvez, cada vez mais, me sinta confortável com o facto de saber que a minha realidade pode mudar a uma qualquer esquina da minha vida. Sinto-me mais eu porque não estou tão revivalista mas … mais do que tudo … sinto-me mais eu porque o facto de ter menos medo de amanhã acordar e não ter tudo o que tenho hoje me permite ser mais genuína. Isso, mais do que qualquer coisa, faz-me centrar na única coisa que tenho certa, enquanto viver conscientemente este milagre chamado vida o facto de saber que o amanhã nada mais será do que uma página em branco de um livro que se vai escrevendo, um livro que apenas eu posso escrever, um livro que tem como titulo "Eu". Essa é para mim a vertigem saborosa da vida.

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