quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fast Food

Se eu podia gostar apenas de fast food ... claro que sim, é de ingestão simples, sem espinhas, sem ossos e com todos os aditivos artificiais que são apelativos ao paladar ... mas não é a mesma coisa. O sabor é apelativo, por vezes sabe ainda melhor que uma comidinha caseira, mas é falso.

As espinhas e ossos fazem-nos apreciar mais ainda o que ingerimos, nada como uma bela coxa de frango com osso, nada como uma bela sardinha assada acabadinha de sair da grelha ou delicioso bacalhau à braz com espinhas, nada se compara à comida que não vem embalada e pronta a ser degustada. Existe nela um sabor único, todas as espinhas e ossos permitem-nos perceber o que estamos a fazer e degustar cada momento, é ela que nos permite conhecer novos ingredientes que nos enriquecem o paladar...

Não vou dizer que não como fast food ... quem não come de vez em quando, nem que seja aquela que nos é vendida como sendo saudável ... é de fácil consumo e por vezes sabe realmente bem apenas comer algo simples e aparentemente apetitoso, mas ... qual é a refeição fast food que nos fica na memória, que com ela traz histórias que fazem parte do nosso universo pessoal ... pois!

Prefiro pessoas não plásticas, pessoas com espinhas e ossos mas de sabor real, pessoas que não são de consumo fácil ... não são de todo as mais simples, mas são essas que ficam, são essas que nos deixam memórias, enriquecem a vida e que ficarão para sempre no nosso universo pessoal.

Nada melhor do que chegar a essa conclusão sentada á mesa de uma bela tasca portuguesa com uma pessoal real à minha frente. Existem jantares assim, nem sempre simples, mas memoráveis.

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